A queda do X: Elon Musk e Alexandre de Moraes na boca dos brasileiros

Queda de braço entre Elon Musk e Alexandre de Moraes está repercutindo nas redes

A noite de quinta-feira (29) e a sexta-feira (30) tem um assunto que não para de repercutir: a possível suspensão do antigo Twitter, atual X, no Brasil.

Desde o anúncio do fechamento do escritório brasileiro, no dia 17 de agosto, até hoje, foram mais de 5 milhões de menções sobre o ocorrido, seus desdobramentos e a possibilidade de bloqueio no Brasil. 

Na última quinta-feira (29/08), prazo final para a designação de um responsável brasileiro do X no Brasil, houve o aumento de 3 vezes o número de menções aos termos Twitter/X relacionados ao encerramento das atividades da rede no país. Foram coletadas aproximadamente 1,2 milhão de menções, representando cerca de 40% somatória das menções realizadas entre os dias 17 e 28 de agosto, tamanha foi a repercussão em torno do tema. 

Uma peculiaridade aumentou a repercussão nas redes: a intimação realizada pelo STF no próprio X/Twitter

O fato dessa intimação também ter ocorrido no X, trouxe os termos Urgente e Elon Musk entre as palavras mais mencionadas no período. Além do nome do próprio ministro Alexandre de Moraes

No Google Trends, também houve aumento no volume de buscas pelo X/Twitter, principalmente no período noturno, próximo ao horário determinado para o bloqueio da rede no Brasil, dia 29/08 as 20h07.

 

Entre as principais buscas relacionadas ao X/Twitter, estão “Twitter vai acabar”, “o Twitter vai sair do Brasil”, “Twitter encerra no Brasil”, “fim do Twitter no Brasil”, “porque o Twitter vai acabar”, representando o temor do usuário ao saber que o serviço pode ser encerrado. 

OPÇÕES PARA O FIM 

Em meio às incertezas sobre o futuro do X no país, os usuários da rede buscaram por opções semelhantes para continuar “tuitando” na internet. 

No gráfico abaixo, são apresentadas as principais plataformas semelhantes ao X e já com presença e atuação no Brasil. É possível observar interesse constante ao longo de todo o período para a plataforma Threads, da Meta, dona do Facebook e Instagram. 

Outra opção, menos conhecida, mas muito similar ao X, é a Bluesky, que teve maior crescimento e destaque no interesse do público, segundo termos buscados no Google Trends. 

O Bluesky tem suas semelhanças ao X e está em constante aprimoramento e possui código livre para que terceiros criem funcionalidades que trabalhem em conjunto com a rede, como aplicativos para acompanhar seus seguidores, possibilidade de criar listas temáticas sem a necessidade de seguir as pessoas e diversos filtros de moderação de conteúdo. 

O próprio perfil oficial do Bluesky X convidou os brasileiros a utilizarem a rede, a mensagem foi em tom humorístico e repercutiu nas redes, inclusive sendo printado e publicado no próprio Bluesky como memes pelos usuários já presentes na rede social. 

Alguns usuários ainda citaram a possibilidade de continuar utilizando o X caso ocorra o banimento no país, utilizando VPN, Rede privada virtual, do inglês virtual private network. Usuários mais familiarizados com questões de segurança alertaram para a possibilidade de invasões de roubo de informações ao utilizar essa opção, devido a fragilidades de segurança dos próprios usuários.  

MEMES – A zoeira nunca tem fim

O brasileiro no Twitter já ganhou diversas guerras meméticas (ou guerras memeais), não deixaria passar a oportunidade de fazer brincadeiras com a possibilidade desta rede social acabar. Muitos memes e frases circulam a rede sobre o que as pessoas farão caso o X acabe. Entre as possibilidades estão a frase “se o Twitter acabar eu...” com algum complemento automático feito pelo corretor ortográfico ou situações cômicas, mas nem tanto. 

  • Se o Twitter acabar, eu vou… ter que voltar a ser CLT 
  • Se o Twitter acabar, eu vou… mandar dinheiro para quem curtir aqui. 
  • Se o Twitter acabar, eu vou… ficar bem triste. 
  • Se o Twitter acabar, eu vou… sentir falta de vocês. 
  • Se o Twitter acabar, eu vou… abandonar as redes sociais 
  • Se o Twitter acabar, eu vou… ter que voltar a estudar 

Por André Brazoli, analista de dados da Listening e Flávia Lima Moreira, CEO Listening

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