O tarifaço de Trump: como os brasileiros reagiram ao golpe comercial dos EUA
No início de julho, um anúncio do então presidente norte-americano, Donald Trump, sacudiu as relações comerciais com o Brasil. A imposição de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros caiu como uma bomba nas redes sociais — e os brasileiros responderam com intensidade.
A notícia correu. A reação foi imediata.
Em apenas três dias (9 a 11 de julho), milhões de internautas compartilharam opiniões, memes, protestos e até ameaças de boicote. No X (antigo Twitter), foram mais de 4 milhões de menções em 24 horas, tornando o tema um dos mais comentados globalmente.
A indignação foi além da internet. 65% dos brasileiros declararam que pretendem boicotar produtos dos EUA, enquanto 46% apoiam uma retaliação comercial do Brasil.
A polarização foi inevitável.
Curiosamente, mesmo entre críticos do governo Lula, a maioria apontou motivações políticas e eleitorais por trás da decisão de Trump. Já a renda e a escolaridade influenciaram o tipo de reação: quanto menor a renda, maior o desejo de retaliação; quanto maior a escolaridade, mais negativa foi a avaliação da medida.
Google não mentiu: o interesse explodiu.
Entre os termos mais buscados estavam “Trump carta Bolsonaro”, “tarifa Trump” e “Trump taxação Brasil”. Hashtags como #respeitaobrasil, #culpadolula e #taxadolula dominaram a discussão, expondo não só a insatisfação com os EUA, mas também as divisões internas do Brasil.









